Porsche Boxster 2.9 (PDK) - 987
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Porsche Boxster 2.9 (PDK) - 987
A marcação do Boxster 2.9 surgiu no timing perfeito, mesmo a tempo de um fim-de-semana solarengo na região Sul do país. Ainda não tinha desligado o telefone e já estava a imaginar o Porsche a deslizar pelas planícies alentejanas, rasgando o ar ao compasso do 6 cilindros Boxer com 255 cv. Arrumadas as tralhas nas bagageiras (que totalizam 280 litros), chega a hora de dar vida aos seis cilindros opostos. A julgar pelo tom de voz e pelo ritmo acelerado quando acorda, o Porsche estava tão ansioso por ir para a estrada como o condutor…
Os primeiros quilómetros de ambientação vieram confirmar as expectativas, os motores atmosféricos da Porsche conseguem consumos interessantes para o nível de prestações que proporcionam. Um automóvel que é capaz de cumprir o quilómetro de arranque em menos de 26 segundos e os 0 a 100 Km/h em 6 segundos consegue, a rolar em ritmo de cruzeiro, valores vizinhos dos 10,5 l/100 Km o que nos parece um feito digno de registo. O problema é andar com o Boxster a ritmos de “cruzeiro”. É que, mesmo sendo a versão de acesso, o 2.9 é um autêntico convite à transgressão. Pelas velocidades que imprime, pelo prazer que proporciona, pela facilidade com que se conduz depressa (é menos intimidante numa primeira abordagem que o 911) é um “risco” para a carta.
Seja qual for a versão do Boxster, há denominadores comuns: a direcção quase perfeita no feedback que transmite e os travões à prova de etapas de montanha. No caso desta unidade, o comportamento é sublimado pela suspensão activa PASM (1560 euros), que deixa o Boxster tão confortável com uma berlina familiar ou duro como um desportivo de pista, e o autoblocante (1140 euros). Este último é uma novidade na gama e torna o roadster da Porsche um verdadeiro brinquedo de gente grande. Se a eficácia já era a nota dominante no comportamento, o autoblocante acrescenta-lhe um maior controlo quando decidimos tirar partido do carácter lúdico que só um (bom) tracção traseira oferece.
Já a caixa PDK montada na unidade ensaiada contribui para uma peculiar sensação de alheamento, especialmente quando a concentração não está ao nível do ritmo imprimido. Não me interpretem mal, esta será mais uma conclusão pessoal do que uma certeza científica. A caixa PDK é fantástica, mas a manual é quase perfeita e dá-nos uma sensação de controlo ainda maior.
Ainda assim, a caixa de dupla embraiagem é eficaz, decidida, uma verdadeira benesse no trânsito e ultra-rápida, especialmente quando associada ao pacote Sports Chrono Plus (1104 euros). O motor 2.9 também se mostra um bom aliado, estando disponível numa ampla faixa de regimes e tendo potência mais do que suficiente para manter a chama Porsche (e os pneus) acesa. Mas é como diz o Pedro Silva, “potência nunca é demais, até porque o carro só anda aquilo que nós quisermos”. Isto para dizer que um pouco mais de binário em baixos regimes e uns cavalos extra tornariam a experiência de condução ainda mais memorável, especialmente tendo à disposição um chassis tão equilibrado e permissivo, uma direcção que parece um prolongamento dos nossos membros superiores e… um autoblocante.
Pode sempre optar por um Boxster S com 310 cv e 360 Nm de binário quase despido de equipamento, em detrimento deste 2.9 recheado de “mimos” (alguns quase obrigatórios). Mas com isto corremos o risco de sermos mais papista que o papa. O actual 2.9 tem um nível de prestações similar ao da primeira geração do S (com 260 cv) e ninguém se queixava de falta de potência. É o problema de conduzir um Boxster: queremos sempre mais. Mais potência, mais diversão, mais tempo ao volante e, já agora, uma carteira mais recheada. É que a unidade ensaiada custa mais de 88 mil euros…
Fonte: Autohoje
Os primeiros quilómetros de ambientação vieram confirmar as expectativas, os motores atmosféricos da Porsche conseguem consumos interessantes para o nível de prestações que proporcionam. Um automóvel que é capaz de cumprir o quilómetro de arranque em menos de 26 segundos e os 0 a 100 Km/h em 6 segundos consegue, a rolar em ritmo de cruzeiro, valores vizinhos dos 10,5 l/100 Km o que nos parece um feito digno de registo. O problema é andar com o Boxster a ritmos de “cruzeiro”. É que, mesmo sendo a versão de acesso, o 2.9 é um autêntico convite à transgressão. Pelas velocidades que imprime, pelo prazer que proporciona, pela facilidade com que se conduz depressa (é menos intimidante numa primeira abordagem que o 911) é um “risco” para a carta.
Seja qual for a versão do Boxster, há denominadores comuns: a direcção quase perfeita no feedback que transmite e os travões à prova de etapas de montanha. No caso desta unidade, o comportamento é sublimado pela suspensão activa PASM (1560 euros), que deixa o Boxster tão confortável com uma berlina familiar ou duro como um desportivo de pista, e o autoblocante (1140 euros). Este último é uma novidade na gama e torna o roadster da Porsche um verdadeiro brinquedo de gente grande. Se a eficácia já era a nota dominante no comportamento, o autoblocante acrescenta-lhe um maior controlo quando decidimos tirar partido do carácter lúdico que só um (bom) tracção traseira oferece.
Já a caixa PDK montada na unidade ensaiada contribui para uma peculiar sensação de alheamento, especialmente quando a concentração não está ao nível do ritmo imprimido. Não me interpretem mal, esta será mais uma conclusão pessoal do que uma certeza científica. A caixa PDK é fantástica, mas a manual é quase perfeita e dá-nos uma sensação de controlo ainda maior.
Ainda assim, a caixa de dupla embraiagem é eficaz, decidida, uma verdadeira benesse no trânsito e ultra-rápida, especialmente quando associada ao pacote Sports Chrono Plus (1104 euros). O motor 2.9 também se mostra um bom aliado, estando disponível numa ampla faixa de regimes e tendo potência mais do que suficiente para manter a chama Porsche (e os pneus) acesa. Mas é como diz o Pedro Silva, “potência nunca é demais, até porque o carro só anda aquilo que nós quisermos”. Isto para dizer que um pouco mais de binário em baixos regimes e uns cavalos extra tornariam a experiência de condução ainda mais memorável, especialmente tendo à disposição um chassis tão equilibrado e permissivo, uma direcção que parece um prolongamento dos nossos membros superiores e… um autoblocante.
Pode sempre optar por um Boxster S com 310 cv e 360 Nm de binário quase despido de equipamento, em detrimento deste 2.9 recheado de “mimos” (alguns quase obrigatórios). Mas com isto corremos o risco de sermos mais papista que o papa. O actual 2.9 tem um nível de prestações similar ao da primeira geração do S (com 260 cv) e ninguém se queixava de falta de potência. É o problema de conduzir um Boxster: queremos sempre mais. Mais potência, mais diversão, mais tempo ao volante e, já agora, uma carteira mais recheada. É que a unidade ensaiada custa mais de 88 mil euros…
Fonte: Autohoje
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