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URIAH HEEP

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Mensagem por Mpcgomes 23/4/2010, 20:32

Umas das minhas bandas preferidas....




O começo de tudo foi a banda The Stalkers, em 1965. Eles trabalharam por dois anos tocando covers em espectaculos e em clubes. Dessa banda faziam parte o guitarrista Mick Box e o vocalista David Garrick, que mais tarde mudou o nome artístico para David Byron, para se diferenciar de um homónimo. Durante 1967 decidiram tornar-se profissionais. Os outros membros da banda acharam muito arriscado, e o grupo separou-se. Depois de um tempo a pensar no que haviam de fazer, Box e Byron formaram a banda Spice.


A primeira formação do Spice incluiu o baterista Nigel Pegram e o baixista Barry Green. Green foi substituído durante o começo de 1968 por outro chamado apenas de Alf, que saiu para a entrada de Paul Newton, no meio de 1968. A banda também gravou demos, mas nunca conseguiu gravar um disco.
O Spice começou a fazer o seu próprio nome no circuito de Londres, tocando em pubs e colégios, e construindo uma boa carreira. No início de 1969, eles começaram a tocar no The Marquee Club, em Londres, todos os sábado á noite, e então o baterista Alex Napier foi recrutado. Pegram sai quando começou a gravar com bandas diversas como Steely Span e The Barron Knights. O blues do The Stalkers foi acabando e Spice começou a fazer hard rock, sempre com influências de jazz.



Com muito trabalho, após uma apresentação, a banda conseguiu assinar com o produtor Gerry Bron. Por sugestão de Bron, a banda decidiu adicionar teclados às gravações de estúdio. Colin Wood ficou responsável por acrescentar orgão, piano e mellotron ao material. Com o bom resultado foi decidido procurar um teclista definitivo para a banda. Paul Newton sugeriu Ken Hensley, um teclista com quem já tinha tocado numa banda chamada "The Gods". Os The Gods foram formados em 1965 por Ken Hensley e Mick Taylor (que saiu para se juntar a John Mayall, e depois aos Rolling Stones), e contando com Paul Newton. Com a ajuda do pai de Newton, os The Gods ressurgiram em 67. Essa formação incluía, uma vez por outra, Lee Kerslake (que se juntou ao Uriah Heep após o terceiro album), Greg Lake (depois membro fundador do King Crimson e do Emerson, Lake and Palmer), e John Glasscock, que teve uma carreira de sucesso nos Jethro Tull.



No verão de 1968, Newton deixou The Gods para se juntar aos Spice. Hensley ficou no The Gods até eles se separarem, em fevereiro de 1969, ficando temporariamente sem tocar orgão e substituindo Mick Green na guitarra na Cliff Bennet Band (na época em que a banda estava a mudar o nome para Toe Fat). Os Toe Fat tinham terminado um grande álbum escrito por Hensley quando Newton ofereceu a ele um emprego nos Spice. Era Natal de 1969, e com a entrada de Hensley, a banda mudou o nome para Uriah Heep por sugestão de Gerry Bron.



As músicas prontas com o Spice foram arquivadas, e o álbum foi terminado com Hensley. Com a entrada de que com Ken Hensley na banda, rapidamente se desenvolveu o seu som definitivo baseado nas harmonias vocais e combinações guitarra/teclas. 1970 foi a data do efectivo nascimento dos Uriah Heep. O Seu nome foi tirado de um personagem do livro “David Copperfield” de Charles Dickens, e tal como a sua história, a sua música é cheia de percalços, altos e baixos.
Como ainda estavam a começar, passaram por nada mais, nada menos que quatro bateristas no primeiro ano. Alex Napier saiu após gravar algumas faixas do primeiro álbum dos Uriah Heep, e foi substituído por Nigel Olsson. Essa foi a formação que finalizou "Very 'Eavy, Very 'Umble". Olsson saiu para se juntar à banda de Elton John, onde está até hoje, e no segundo disco, “Salisbury”, foi substituído por Keith Baker (primeiro baterista dos Supertramp), que ficou até outubro, sendo portanto substituído por Iain Clarke, que tocou no terceiro álbum, "Look at Yourself".



Os Uriah Heep atingiram o topo da carreira em meados dos anos 70, começando com seu quarto álbum, "Demons and Wizards", que apresentou sua formação mais clássica, Mick Box, David Byron, Ken Hensley, Gary Thain (baixo) e Lee Kerslake (bateria). Com esta formação também foram gravados, “The Magician's Birthday”, “Sweet Freedom”, “Worderworld”, e ainda um dos melhores álbuns ao vivo do rock, “Live '73”.



Em fevereiro de 75, a banda decidiu tirar Gary Thain. Gary tinha problemas de saúde e com drogas e sofreu um acidente (foi electrocutado quando estava a tocar ao vivo em Dallas). Isso culminou com a sua morte por uma overdose de drogas. John Wetton (ex-Family, King Crimson e Roxy Music) foi contratado para substituir Thain na gravação de “Return To Fantasy”. Os Uriah Heep estava a mostrar sinais de cansaço. Esse cansaço parecia afectar David Byron, de tal forma que a banda achou que estava a se tornar impossível trabalhar com ele, em especial por causa dos seus problemas com o álcool. Após alguns incidentes em estúdio e um último disco com Byron (“High And Mighty”), a banda optou pela sua saída como forma de garantir a continuidade. Uma decisão difícil e arriscada, mas que tinha que ser tomada.
Byron saiu da banda em julho de 1976, depois de um concerto em Espanha. Para muitos fãs, era o fim de uma era. Mas talvez o verão de 76 tenha inspirado a banda a continuar, porque eles precisavam de conseguir alguém para substituir Byron e Wetton em setembro de 76. John Lawton (ex-Lucifer’s Friend) foi admitido como vocalista e Trevor Bolder (ex-David Bowie and The Spiders from Mars), como baixista. David Coverdale (vocalista, ex-Deep Purple) e Denny Ball (baixista, ex-Bedlam e Big Bertha), chegaram a ser testados mas foram preteridos. A chegada de Lawton e Bolder reanimou a banda. As gravações em estúdio resultaram primeiramente no bom disco “Firefly”. “Innocent Victim” foi lançado em 1977 com Ken Hensley compartilhando os créditos da produção com Gerry Bron. O som ficou mais comercial, mas o sucesso diminuiu. Com essa formação, chegaram a gravar ainda mais um disco, “Fallen Angel”.



Após 1979, recomeçaram as brigas na banda. Lawton saiu, alegando as já célebres "diferenças musicais". Após testes, o vocalista John Sloman (ex-Lone Star) foi convocado. Lee Kerslake saiu antes da gravação do novo disco, “Conquest”, sendo substituído por Chris Slade (ex-Manfred Mann’s Earth Band). Hensley foi contra a escolha de Sloman (a sua preferência era por Peter Goalby, ex-Trapeze). Os Uriah Heep lançam o álbum “Conquest” em 1980. Uma grande turnee se desenrola a seguir, mas as coisas estavam complicadas em virtude da performance nem sempre adequada de Sloman. Ken Hensley, responsável por grande parte dos clássicos do grupo, finalmente abandona o barco.



Por um curto período, o teclista Gregg Dechert substitui Hensley. Chegam a gravar um disco, nunca lançado. A banda desfaz-se, sobrando apenas Mick Box e Trevor Bolder. Chegaram a chamar Byron de volta, mas este estava envolvido em outros projectos e não se interessou. Bolder acaba por sair também, indo se juntar ao Wishbone Ash.



Mick resolve formar então a "Mick Box Band", mas antes de conseguir gravar alguma coisa, arranja uma editora que o convence a manter o nome Uriah Heep. Surgia uma nova formação, Peter Goalby (voz), o teclista John Sinclair (ex-Lion e Heavy Metal Kids), o baixista Bob Daisley (ex-Windowmaker, Rainbow e Ozzy Osbourne), mais Box e Kerslake, retornando após 2 disco com Ozzy. O novo álbum, gravado em 1982, chama-se "Abominog", e com ele os Heep alcançam novamente algum sucesso.
Em seguida, "Head First" foi lançado em 1983, ao mesmo tempo que os Uriah Heep tem sérios problemas com o selo Bronze Records, de propriedade de Gerry Bron. Em 1983, Bob Daisley é substituído por Trevor Bolder. Com esta formação a banda lança um álbum chamado "Equator", um dos seus mais fracos.
A banda passou perto da separação novamente no fim de 1985, apenas reaparecendo em 1986, com outra formação, que consistia em Mick Box, Lee Kerslake e Trevor Bolder, acompanhados do teclista Phil Lanzon, e por dois meses o vocalista Steff Fontaine. Logo depois Fontaine foi substituído pelo canadiano Bernie Shaw no final de 1986 e esta formação torna-se a mais estável de todas, estando junta até hoje, com 18 anos de existência.



Fazem uma série de espectaculos na Rússia, tocando em Moscovo durante 10 dias consecutivos para quase 200.000 pessoas. Os Uriah Heep foram a primeira banda de rock ocidental da história a se apresentar na Rússia. O registo desses espectaculos está no álbum “Live In Moscow” (1989). O primeiro disco de estúdio dessa formação chama-se “Raging Silence” (1990), e iniciam uma série de turnees infindáveis, passando por vários países. Em seguida (1992), gravam o disco “Different World”, com o qual não atingem o sucesso desejado.



Em 1995, gravam o que seria considerado como sendo o grande clássico dessa formação da banda, “Sea Of Light”. Arranjos eloqüentes, excelentes composições, uma capa desenhada pelo mestre Roger Dean como nos bons tempos, e todos os ingredientes que fazem dos Uriah Heep uma banda especial estão lá. Os fãs adoram, e o sucesso retorna. Gravam em seguida um disco ao vivo, “Spellbinder” (1996), e continuam na estrada sem parar.
Em 1998, gravam um novo disco de estúdio, “Sonic Origami”, lançado pela Eagle. Apesar de se tratar de mais um disco muito bom, a parceria com a Eagle não rende os frutos desejados e eles voltam à estaca zero.



A nova editora Classic Rock Productions decide apostar nos Uriah Heep, e começa a gravar e a lançar uma série de CDs e DVDs gravados ao vivo. Todos anos um evento especial, incluindo convidados de outros grupos como Ian Anderson (Jethro Tull) e This van Leer (Focus), ocorre em Londres.
São lançados, “Future Echoes Of The Past” (2000), “Acoustically Driven” (2001), “Electrically Driven” (2001), “The Magician’s Birthday Party” (2002), “Live In The USA” (2003), e “Magic Night”.
Um novo disco de estúdio está a ser preparado para lançamento, e para comemorar os quase 35 anos de existência da banda, a editora Classic Rock coloca no mercado um DVD duplo chamado “Classic Heep”, contendo cenas em vídeo da formação clássica de Byron/Hensley/Box/Thain/Keslake.
Os Uriah Heep, sempre odiados pela crítica e amados pelos fãs, seguem firme o seu caminho fazendo um rock pesado recheado de harmonias vocais e lendários duelos de órgão Hammond e guitarra wah-wah. O último capitúlo desta história pelo vistos ainda está longe de acontecer...
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Mensagem por JJ 24/4/2010, 21:01

Obrigado Marco, grande banda sem dúvida , gosto também muito. Lembras-te no encontro de èvora o 1º de 2009, em que quando ias de pendura no meu carro a musica que iamos a ouvir?

Look at your yourself.
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Mensagem por Mpcgomes 29/4/2010, 00:42

JJ escreveu:Obrigado Marco, grande banda sem dúvida , gosto também muito. Lembras-te no encontro de èvora o 1º de 2009, em que quando ias de pendura no meu carro a musica que iamos a ouvir?

Look at your yourself.

Lembro-me perfeitamente... URIAH HEEP 738894
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