Porsche 911 Turbo Cabrio (997)

Algumas das mais temíveis figuras do nosso imaginário, como o Adamastor, ficaram na história pelo seu sopro ciclónico que aterrorizava os inimigos. O motor de seis cilindros opostos, sobrealimentado por dois turbos, deste 911 também não grita, como as meninas. Enche-se como se quisesse aspirar todo o ar do mundo e cospe-o pelos escapes como um maçarico gigante. Sem capota, as sensações duplicam de intensidade porque quando está aberto parece que os escapes passam pelos encostos de cabeça e o esmagar dos rins contra o banco a cada aceleração ganham uma vertente tridimensional ao serem acompanhadas pela mais poderosa massagem capilar.

Quase 170 mil euros é uma quantia brutal, mas a verdade é que não há outro automóvel que garanta estas sensações por menos de 210 mil euros, no mínimo. Na análise a este 911, incluímos dois opcionais impossíveis de dissociar da experiência dinâmica: o pack Sport Chrono Plus (1715€) e os travões cerâmicos (9370€). O primeiro, accionado pelo botão Sport, inclui uma função "overboost" dos turbos o que significa que a electrónica do motor aumenta a pressão em 0,2 bar sempre que o acelerador é esmagado entre as 2100 rpm e as 4000 rpm. São mais 60 Nm de binário por um período máximo de dez segundos. O manómetro no painel digital chega assim aos 1,2 bar, sendo acompanhado por uma pequena seta que anuncia a energia extra como se dissesse "isto é o máximo que tenho para dar". E é muito.



É colossal, quase ao ponto de exigir esforço físico para manter a consciência mínima numa estrada mais estreita. Mais do que suficiente para que o acompanhante interrompa o diálogo com meia dúzia de sons estranhos. Numa via com algum trânsito, quando o 911 começa a encher o peito por volta das 1600 rpm e "rebenta" de energia às 2100 rpm, os carros que nos rodeiam passam para modo "slow motion", como se fossemos o Francis Obikwelu a tentar fazer o melhor sprint de sempre no meio de uma maratona de octogenários.

A receita só faz efeito porque a motricidade é impressionante, mesmo em piso molhado - o 911 Turbo tem tracção integral por embraiagem multidisco de controlo electrónico. Nos arranques tipo catapulta é impossível não se notar estarmos na presença de um tracção integral, tal a eficácia na motricidade. Mas, na génese, o 911 Turbo não esconde que é às rodas traseiras que entrega maior dose de binário.

E em curvas lentas, querendo desligar-se o controlo de estabilidade PSM, é conveniente ter isso em mente, porque o motor pendurado na traseira combinado com doses maciças e quase instantâneas de força, mesmo contando com a imensa aderência e progressividade dos Michelin PilotSport2, tornam os dez segundos do "overboost" demasiado longos para… estradas normais.



Ainda assim, a última evolução na gestão do sistema de tracção permite usar o acelerador com maiores doses de confiança à entrada de curvas médias. Convida até a fazê-lo para corrigir um inicial escorregar de frente quando lá chegamos depressa demais. Mas é preciso "confiar" nas capacidades da transmissão… ou agarrarmo-nos aos fabulosos discos cerâmicos. A Porsche diz que não há diferença na distância de travagem. Apenas na duração e na resistência à fadiga.
No Autohoje, ficou com o recorde da travagem mais curta, além de ser imune a vibrações por utilização intensiva. Se a função Sport é necessária para sentir a dose extra de força em estrada, a sua desactivação é obrigatória em cidade para diminuir a sensibilidade do acelerador. E o botão da suspensão PASM também não tem descanso.

Agradece-se desligado nas pequenas voltas, para não sacrificar o corpo com toda e qualquer protuberância do asfalto, mas é fundamental activar o modo mais firme em auto-estrada. O 911 Turbo não é um carro que disfarce a velocidade, mais ainda em versão cabrio, que potencia o ruído e atenua a rigidez, mas tem uma compostura linear e ao alcance de qualquer piloto "ocasional".

Fonte: Autohoje

Um carro fantástico embora pessoalmente prefra sempre o coupe

Racer escreveu:Um carro fantástico embora pessoalmente prefra sempre o coupe

É verdade... é um desperdício comprar um carro destes cabrio. Nunca o compraria.

Um cabrio deve ser um roadster - algo como um Boxster... obviamente

Aqui em Gevene existem varios Turbos cabrio.

Aqui em Geneve existem varios Turbos cabrio. 911 e Boxster.

TURBO !! Coupé sem dúvida.. Cabrio Nunca. Jamais. Mas é belo sem dúvida.

sinceramente, eu ate acho uma ideia interessante, pois o maximo q Porsche tinha em cabrio era o C2S ou o C4S, o Turbo cabrio vem competir com tipo um 360Modena , com os AstonMartin cabrios etc etc