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Dicionário Técnico - Parte I

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Mensagem por JJ 12/10/2008, 11:32

Dicionário Técnico

Aerodinâmica

Estudo do comportamento do ar ao passar em volta de um objecto em movimento e das forças exercidas pelo ar sobre esse objecto. A aerodinâmica é muito importante na concepção de um veículo.


ABS “Antilock Braking System

A seguir ao airbag o ABS é talvez o sistema mais conhecido dos condutores. Estas três letras são as abreviaturas de “Antilock Braking Sistem”, ou seja sistema antibloqueio de travagem. Ao evitar a blocagem das rodas o ABS permite em muitos casos obter espaços de travagem mais reduzidos e manter o controlo da direcção.
Outras designações:ABR; ALB (Honda)



Airbag
O airbag é um saco feito num material especial, que em caso de um choque frontal enche com um gás inerte de forma a proteger a parte superior do tórax e a cabeça. Para além dos airbags frontais existem os laterais e os de cabeça, bem como as cortinas. Os sistemas mais evoluídos prevêem um funcionamento faseado em milésimos de segundo.

A grande vantagem destes elementos é a sua grande eficácia na minimização de lesões graves que antes ditavam a morte dos ocupantes, mesmo em acidente pouco violentos.

AWD “All Whell Drive”

Distribuir a potência pelas quatro rodas é uma maneira de melhorar o comportamento e aumentar a segurança. Esta designação é usada pela Subaru, enquanto outras marcas preferem utilizar a designação de 4WD (Four Whell Drive).

Este sistema se tem a vantagem de melhorar a estabilidade direccional tem a desvantagem de contribuir para um aumento do consumo. Esta é uma das razões porque muitas marcas preferem optar por outros sistemas activos como o controlo de tracção ou de estabilidade.


ASC “Automatic Stability Control”

Também conhecido por controlo de tracção, este sistema permite evitar derrapagens. Ele actua com base em informações recolhidas pelos sensores do ABS. Assim quando uma das rodas motrizes tem binário em excesso o sistema começa por travão a rodas que gira mais depressa e se isso não chegar então actua ao nível da gestão do motor.
Outras designações: ASR (Mercedes), TCS (Saab), ETC (Volvo)


Alternador

Elemento que gera a corrente eléctrica (alterna) necessária ao funcionamento do veículo e à recarga da bateria. É accionado através de uma correia ligada ao veio da cambota.


Amortecedor de embraiagem

Dispositivo colocado no meio do circuito hidráulico da embraiagem e que se destina a evitar a pulsação de pedal de embraiagem causada pela vibração transmitida pelo motor.


Aquaplanning

Perda de contacto do pneu com o solo devido ao excesso de água no pavimento. Acontece quando é ultrapassada a capacidade de escoamento do trilho do pneu. Mais passível de ocorrer em pneus gastos e largos.


Árvore de cames

Peça rotativa colocada na cabeça do motor e encarregue de accionar as válvulas através de excêntricos. É accionada pela cambota através de correia.


Assistência à travagem de emergência

Sub-função do servo freio que aplica automaticamente a potência máxima de travagem quando o condutor carrega bruscamente no travão. Pretende complementar a reacção do condutor, que numa situação de perigo, tende a pisar o travão com rapidez mas não com a força apropriada.


“Brake Assist System
Este dispositivo que aplica a máxima pressão possível sobre os travões em caso de emergência permite optimizar o efeito do ABS, tendo sido aplicado pela primeira vez pela Mercedes. utras designações BDC (BMW)


Barra estabilizadora

Elemento da suspensão constituído por uma barra metálica que liga as duas rodas do mesmo eixo e que actua quando uma dessas rodas oscila mais do que a outra, exercendo uma função estabilizadora da carroçaria.


Barra de torção

Elemento elástico da suspensão que exerce a função de mola. Colocada entre a carroçaria e a roda, é torcida quando a roda se movimenta para cima e para baixo, forçando-a depois a voltar à posição inicial.


Biela

Peça do motor de combustão que transforma o movimento alterno do êmbolo em movimento rotativo. Está posicionada entre cada êmbolo e a cambota.


Binário

Significa o mesmo que torque. É a medida de elasticidade do motor. É o resultado da multiplicação da força exercida no êmbolo e a distância entre cada um dos moentes da biela. No caso do motor de combustão interna esta força varia conforme o regime de rotação do motor. Quanto mais baixo for o regime a que é atingido o binário máximo, melhor será a capacidade de recuperação do motor, melhorando a performance.


Bomba injectora

Órgão mecânico destinado a criar a força necessária à injecção do combustível no motor.


Cruise Control
Em português significa “regulação automática da velocidade” e conforme o nome indica permite manter a velocidade constante. Este sistema é particularmente útil na auto-estrada já que garante uma grande comodidade e nos protege contra a tentação de excedermos os limites de velocidade. Este dispositivo faz todo o tipo de compensações, pelo que nas subidas e nas descidas a velocidade se mantém inalterável e constante.


Cabeça do motor

Nível superior do motor, acoplado acima do bloco e onde estão as válvulas de admissão e escape, balanceiros e árvores de cames.


Camber

Ângulo de inclinação da roda em relação à linha vertical quando vista de frente. Se a superfície inferior do pneu dianteiro se encontra mais afastada da carroçaria do que a superfície superior do mesmo, o camber está negativo. Na situação contrária o camber é positivo.


Carroçaria

A parte do veículo destinada aos ocupantes e à carga. Parte visível da viatura.

Corpo do veículo.

Centralina

Uma centralina é um dispositivo electrónico utilizado no controlo de uma grande variedade de dispositivos mecânicos e eléctricos/electrónicos de um automóvel.

De forma muito simplificada, o funcionamento de uma centralina, é o seguinte:

Sensores => Centralina => Actuadores

Sensores (também designados Transductores de Entrada): Convertem as grandezas físicas que monitorizam, para sinais eléctricos que enviam para a centralina.
Centralina: Recebe dos sensores, os sinais eléctricos correspondentes a grandezas físicas, processa esses sinais, e envia para os actuadores os sinais eléctricos correspondentes a acções que os actuadores devem executar.
Actuadores (também designados Transductores de Saída): Convertem os sinais eléctricos recebidos da centralina para grandezas físicas, correspondentes às acções mecânicas e/ou eléctricas que devem executar.

A centralina, por sua vez, é constituída pelos seguintes módulos:

Conversor A/D: Converte sinais eléctricos analógicos para digitais (recebidos dos sensores).
Processador Digital de Sinal (em inglês DSP - Digital Signal Processor): Processa os sinais recebidos, efectua os cálculos e gera sinais resultantes dos cálculos efectuados.
Memória EEPROM ou FLASH: Onde reside o programa que controla o funcionamento da centralina.
Memória RAM: Onde o DSP guarda temporáriamente dados, sobre o estado de funcionamento em que se encontra o veículo, a cada instante.
Portos de E/S (entrada e saída): Portas de comunicação entre o DSP e os conversores A/D e D/A.
Conversor D/A: Converte sinais eléctricos digitais para analógicos (que envia para os actuadores).
Este era o funcionamento clássico de uma centralina que controlava todo o veículo. Actualmente os veículos, em vez de uma única centralina, dispõem de uma rede de centralinas, cada uma delas especializada numa determinada tarefa, e podendo ter entre 80 a 100 centralinas especializadas, e uma que supervisiona o funcionamento geral do veículo.

Temos assim:

Unidade de Controlo do Motor (em inglês ECU - Engine Control Unit)
Unidade de Controlo de Transmissão (em inglês TCU - Transmission Control Unit)
as duas unidades acima, em conjunto são designadas Módulo de Controlo de Potência (em inglês PCM - Powertrain Control Module)
Unidade de Controlo da caixa de velocidades (em inglês GCU - Gearbox Control Unit)
Unidade de Controlo de Airbag (em inglês ACU - Airbag Control Unit)
Unidade de Controlo de Telefone (em inglês TCU - Telephone Control Unit)
Interface Homem-Máquina (em inglês MMI - Man Machine Interface)
Unidade de Controlo de Portas (em inglês DCU - Door Control Unit)
Unidade de Controlo de Bancos (em inglês SCU - Seat Control Unit)
Unidade de Controlo de Climatização (em inglês CCU - Climate Control Unit)
Unidade de Controlo de Velocidade (em inglês SCU - Speed Control Unit)
Unidade de Controlo do Painel de Instrumentos (em inglês CCU - Convenience Control Unit)
Unidade de Controlo de Parqueamento (em inglês PCU - Park-assistant Control Unit)
A Centralina principal (Unidade de Controlo Electrónico) é vulgarmente designada "cérebro do carro"


Cilindrada

Volume geométrico dos cilindros ocupado pelo conjunto dos pistões do motor. Permite saber a capacidade de esforço que o motor pode desenvolver.


Coeficiente de resistência ao ar

O mesmo que CX. O valor que define a aerodinâmica da configuração do automóvel. Quanto mais for o CX, melhor. Um CX de 0,28 pode-se considerar bastante bom.


Colector de escape

Tubagens que fazem parte integrante da linha de escape e que estão encarregues de direccionar os gases de escape imediatamente à saída do motor para o catalisador ou silenciador mais próximos.


Corte de injecção

O mesmo que limitador. É um elemento de protecção do motor que evita que este atinja rotacções excessivas cortando-lhe a alimentação. O limitador tem o efeito de provocar algo parecido com um soluçar do motor. O sistema de corte de injecção não consegue evitar sobre–regimes provocados por reduções de caixa exageradas.



Cruise-control

Controlo de velocidade de cruzeiro. Sistema que permite estabilizar automaticamente a velocidade da viatura sem que seja necessário tocar nos pedais. Útil para viagens longas em auto-estrada. Nos casos de cruise-control activo a viatura está equipada para travar quando se aproxima de um veículo mais lento e para reacelerar quando esse obstáculo se afasta.



Common- rail

Sistema de injecção directa de alta pressão utilizado nos motores Diesel mais modernos. Utiliza uma rampa de alimentação comum que serve de “acumulador” de pressão, de que depois alimenta os injectores.



Crash-Test

Ensaio de colisão do veículo, que pretende registar os possíveis efeitos de um impacto no próprio veículo e nos seus ocupantes.



Deflector

Elemento aerodinâmico de carroçaria que tem como missão desviar o vento, deflectindo-o. Os mais comuns são o tecto de abrir, que evitam que o vento entre no habitáculo quando este está aberto.



Disco de embraiagem

Disco composto por material de fricção que permite ao condutor o controlo da passagem da potência do motor para a caixa de velocidades.



Disco de travão

Disco composto por material de fricção que roda solitário com a roda e actua sob pressão na maxila do travão. Esta última utiliza as pastilhas, compostas por material de fricção e que apertam o disco durante a travagem.



Disco de travão ventilado

Disco cuja configuração permite a passagem de ar pelo seu interior, assegurando uma mais eficaz dissipação do calor gerado pela fricção com as pastilhas ao travar.



Diesel

Apelido de Rudolf Diesel, inventor do motor com este nome, que se distingue dos motores a gasolina por utilizar gasóleo e por não necessitar de velas de ignição. O combustível é injectado na câmara durante a combustão, detonando.



Distância de travagem

É considerada a distância mais curta que o veículo consegue realizar até se imobilizar a partir de uma dada velocidade. Medida desde que o condutor trava até que o veiculo se imobilize por completo.



Distribuição

Sistema do motor que tem a seu cargo o controlo da abertura e fecho das válvulas do motor, alimentando-o e permitindo a saída dos gases de escape. Engloba a correia de distribuição ou corrente, e a árvore de cames. Pode também incluir um variador de fase, surgindo então a distribuição variável.



Diferencial

Órgão mecânico que distribui a potência vinda da caixa de velocidades pelos dois veios de transmissão e que permite que as duas rodas do mesmo eixo rodem a velocidades diferentes. Pode ser bloqueável manualmente ou incluir um autoblocante, para resolver situações de perda de aderência numa das rodas.



Encostos de cabeça activos
Activados pela pressão da parte superior do corpo, os encostos de cabeça avançam para a frente/cima, reduzindo dessa forma o risco de chicotada e ferimentos no pescoço, melhorando a protecção contra os impactos frontais e traseiros. O primeiro sistema deste tipo foi usado pela Saab.



Ergonomia

Conceito que designa o grau de adaptação dos comandos e equipamentos da viatura ao elemento humano que os opera. Um veículo com uma boa ergonomia tem todos os comandos acessíveis e na melhor posição para uso fácil e confortável.



Embraiagem

Sistema mecânico que permite transmitir de forma suave o movimento rotativo do volante do motor ao veio primário da caixa de velocidades. Quando carrega no pedal de embraiagem o condutor separa o movimento do motor da caixa de velocidades, o que permite seleccionar uma relação de caixa diferente.



ESP “Electronic Stability Program”
Este sistema que aparece sempre associado ao ABS e ao controlo de tracção permite corrigir desvios de trajectórias, sejam eles provocados por uma sub-viragem ou sobre-viragens excessivas. A sua mediatização deveu-se ao célebre teste do Alce. A actuação do sistema faz-se ao nível da travagem, da rodas ou das rodas que estão a provocar os desvios de trajectória.
Outras designações: DSC (BMW); PSM (Porsche); VDC (Alfa Romeo) e DSTC (Volvo)



Eixo

Conjunto de rodas de um veículo cujos centros se encontram no plano vertical, transversal a esse veículo. Eixo dianteiro: conjunto formado pelas duas rodas da frente.



Faróis de Xénon

Faróis que utilizam lâmpadas de descarga de pás cujos eléctrodos inflamam o xénon existente numa câmara de quartzo. Duram mais, dão mais luz e ocupam menos espaço que as lâmpadas convencionais.



Faróis de superfície livre

Farol cuja superfície exterior é lisa e totalmente transparente, podendo mesmo ser de plástico em vez de ter uma parábola para dirigir o feixe luminoso.



Faróis elipsoidais

Faróis que têm uma lente em frente à lâmpada. Encarrega-se de direccionar devidamente a luz.


Filtro de partículas

Órgão do sistema de escape dos veículos Diesel que consegue filtrar as partículas de fuligem geralmente emitidas por este tipo de motores.



Fuel Cell

Célula de combustível ou pilha de combustível. Órgão gerador de corrente eléctrica utilizado, por enquanto, em veículos experimentais de motor eléctrico. Produz corrente eléctrica a partir do hidrogénio num processo inverso ao da electrólise.



Continua Parte II.
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Mensagem por Convidad 12/10/2008, 11:40

Interessante, para quem não faz a mínima ideia....

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