Porsche não pretende diminuir gama da Aud

Porsche não pretende diminuir gama da Audi



Com o avanço da Porsche sobre as ações da Volkswagen, diversos rumores começaram a surgir acerca das marcas pertencentes ao conglomerado alemão. O principal alvo foi a Audi e seus modelos de luxo, que poderiam atrapalhar as vendas da nova proprietária. Segundo informações, a diretoria da marca de Stuttgart poderia tirar de linha automóveis como o R8, que entrariam no território dominado pela Porsche e teriam grandes chances de sofrer cortes. Porém, ontem (8), o CEO da fabricante de esportivos, Wendelin Wiedeking, informou que nada disso é verdade e que a marca não tem intenção de reduzir a gama de veículos da Audi.

Em entrevista concedida durante o Salão do Automóvel de Paris, Wiedeking afirmou que seria loucura encerrar a produção de um veículo que tem obtido grande sucesso no mercado. Ele também pontou que a Audi e a Porsche têm, no fundo, consumidores com diferentes preferências, concluindo que as vendas do R8 não necessariamente atrapalhariam o desempenho do 911 e vice-versa. O executivo ainda explicou que a Porsche não tem qualquer plano de cortar os modelos da atual gama da Audi e que está trabalhando para fazer com que todas as fábricas que estejam sob os cuidados da “aliança” Porsche-Volkswagen obtenham sucesso.

Apesar de tais declarações do “homem forte” da Porsche, a tensão acerca das próximas ações da empresa alemã é grande. Principalmente pelo fato de a marca ter declarado que poderá obter mais de 50% das ações da Volkswagen no dia 26 de novembro, tornando-se acionista majoritária do grupo e podendo tomar decisões sem a necessidade de aprovação de outros membros. Sabe-se que nenhum alto executivo da Porsche tomará qualquer decisão que possa prejudicar as ações da Volkswagen mundo afora, nem de suas marcas, mas nenhuma delas está garantida com a tomada de controle pela fabricante de Stuttgart.

Fonte : All Cars

Gazeta Mercantil

A Porsche disse que adquiriu de facto o controle da Volkswagen, a maior fabricante de automóveis da Europa e planeia fazer uma oferta pela unidade de luxo da companhia, a Audi.

A Porsche, aumentou a sua participação na Volkswagen em 4,9 pontos percentuais para 35,1%, um passo em direção a alcançar uma participação alvo de mais de 50% este ano, disse a companhia sediada em Stuttgart, Alemanha, em um comunicado via e-mail. A Porsche vai oferecer US$ 688 por ação pelo 0,86% das ações da Audi das quais a Volkswagen ainda não é dona.

O conselho supervisor da Porsche, que começou a comprar as ações da Volkswagen em setembro de 2005, aprovou um plano no dia 3 de março tentando obter a maioria da companhia, sediada em Wolfsburg, Alemanha, sua maior fornecedora. A Porsche tem brigado desde então com o governo do estado alemão da Baixa Saxônia, segundo maior investidor da Volkswagen, a respeito do controle administrativo, enquanto as uniões dos fabricantes de automóveis estão em disputa com relação à representação do conselho.

“Estamos ansiosos para continuar e aprofundar a cooperação com a administração da Volkswagen e temos esperança em uma rápida resolução do conflito entre os representantes trabalhistas da Porsche e da VW”, disse em um comunicado Wendelin Wiedeking, principal executivo da Porsche.

A Porsche comprou 14,4 milhões de ações da Volkswagen ontem. Documentos esquematizando os termos da oferta pelas 370.000 ações comercializadas livremente da Audi devem ser enviados ao BaFin, o regulador financeiro da Alemanha, dentro de quatro semanas, disse a Porsche. O preço de oferta pela Audi será o mínimo exigido sob as leis alemãs, disse ela.

A empresa “não tem nenhum interesse em ser proprietária da Audi”, e só está fazendo a oferta depois de a sua participação maior na Volkswagen despertar uma exigência legal, disse Fran kGaube, porta-voz da Porsche. A Porsche planeia vender todas as acções da Audi que ela adquirir para a Volkswagen no preço de oferta. A Porsche tem o objetivo de aumentar sua participação na Volkswagen para mais de 50% em novembro, Gaube acrescentou.

Bernd Osterloh, chefe do conselho de fábrica da Volkswagen, disse que o conflito trabalhista está longe de terminar e pode ser resolvido no tribunal. Seu quadro de funcionários “vai examinar” os termos para abrir um processo contra a Porsche, disse ele em um comunicado. Os líderes trabalhistas da Volkswagen temem uma perda de autoridade quando a Porsche consolidar a VW. “Trabalhadores da Volks estão sendo postos em desvantagem”, disse Osterloh, pedindo que Wiedeking “faça seu dever de casa”. Peik von Bestenbostel, porta-voz da Volkswagen, não estava disponível para fazer comentários.

A VW “é provavelmente a montadora européia melhor posicionada, se beneficiando de uma mescla regional equilibrada, forte participação da marca e economias de escala”, segundo analistas.